Quanto mais projetos sustentáveis implementarmos em nossas empresas, melhor será para o planeta

Foto: Reprodução Adobe Stock

Autonomia empresarial não se resume apenas a alcançar maior eficiência energética, ela também reduz custos de produção e promove um impacto ambiental positivo. Um empresário autossuficiente não depende exclusivamente de terceiros para manter sua operação, o que resolve metade de seus desafios por conta própria. Acredito que nossa responsabilidade ecológica vai além do uso de madeiras reflorestadas como também o aproveitamento da água de chuva e produtos a base de materiais reciclados e recondicionados. Quanto mais projetos implementarmos em nossas empresas, melhor será para o planeta.

Outros fatores como a recomposição de áreas verdes ao longo de rios e nascentes, o urbanismo com projetos de áreas permeáveis e a preservação das zonas de várzea dos rios também contribuem para um meio ambiente mais seguro e sustentável.

A falta de saneamento básico em áreas urbanas, os recordes de temperaturas máximas, chuvas intensas e aumento dos focos de queimadas no Brasil indicam que desastres naturais estão se tornando cada vez mais frequentes e previsíveis. Muitas empresas, em um futuro próximo, precisarão se reinventar devido à instabilidade no fornecimento de insumos e matérias-primas. Para produtos que dependem de madeira, a situação é particularmente preocupante, com o risco crescente de um “apagão florestal”.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados mais de 17 mil incêndios nos primeiros quatro meses de 2024, um aumento de 81% em relação ao ano anterior, amplificado pela seca e calor extremo. O desmatamento no Cerrado superou recentemente o da Amazônia, aumentando em 67,7%, segundo o relatório do MapBiomas. Além disso, o mapeamento da exploração madeireira na Amazônia revelou que mais de 100 mil hectares de floresta foram explorados ilegalmente de agosto de 2021 a julho de 2022. Diante dessas situações, tornar sua empresa autossuficiente é não apenas uma opção sensata, mas essencial para garantir a legalidade e o manejo sustentável dos insumos, além de evitar a conivência com práticas prejudiciais ao meio ambiente.

As árvores têm tempos de crescimento variados, que podem levar de 10 a 40 anos ou mais para atingir a maturidade. Plantar árvores requer paciência e cuidado, considerando fatores como localização, clima, espécie e temporada de crescimento regional. Dentre as espécies mais adequadas para reflorestamento comercial e produção de móveis, destacam-se Teca, Ipê, Guanandi e Eucalipto. Este último é notável por seu crescimento rápido, podendo ser cortado entre cinco e sete anos, oferecendo uma solução viável para a indústria e ajudando a evitar crises de abastecimento.

Fonte: Diário do Comércio

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