Galo abre 3 a 0 e vê uruguaios ficarem perto do empate, mas garante mais um triunfo e segue líder absoluto do Grupo G

Paulinho, atacante do Atlético, comemora gol sobre o Peñarol — Foto: Flávio Tavares/O Tempo

O ‘passeio’ do primeiro tempo se transformou em sufoco no segundo, mas o Atlético venceu o Peñarol por 3 a 2 na noite desta terça-feira (23/04), na Arena MRV, e se manteve com 100% de aproveitamento na Copa Libertadores. O duelo, pela terceira rodada do grupo G, foi marcado ainda por confusão fora de campo e um jogo às vezes ríspido dentro dele.

Gustavo Scarpa (duas vezes) e Paulinho abriram 3 a 0 para o Galo, que tinha uma vitória tranquila nas mãos, mas viu os uruguaios crescerem e deixarem o jogo tenso ao marcarem com Maxi Olivera e Maxi Silvera no segundo tempo.

O alvinegro chega a nove pontos, na liderança do grupo, e fica próximo da classificação para as oitavas de final. Em segundo lugar está o Rosario Central (Argentina), com quatro, e, em terceiro, o Peñarol, com três. O Caracas (Venezuela) é o último, com um.

O Galo volta a jogar pelo torneio continental em 7 de abril (terça-feira), às 19h, quando visita o Rosario Central na Argentina. No mesmo dia e horário, o Peñarol enfrenta o Caracas na Venezuela. O próximo compromisso do Atlético é pelo Campeonato Brasileiro, sábado (27), às 18h30, contra o Cuiabá, na Arena Pantanal.

Primeiro tempo

O Atlético repetiu no primeiro tempo a imposição dos últimos jogos, com mais posse de bola, intensidade e envolvimento do adversário com rápida troca de passes no ataque. A primeira chance veio com Paulinho, aos cinco minutos, em cabeçada por cima do gol.

A boa atuação foi premiada com mais um gol de Scarpa — o quarto em seis jogos. Como de hábito, a jogada nasceu esquerda e terminou na direita, com passe de Paulinho para chute cruzado do meia.

Aos 26, um presente. Ao sair jogando, a defesa uruguaia entregou uma bola nos pés de Paulinho na entrada da área. Cara a cara, o atacante ampliou e igualou Jô como segundo maior artilheiro da história do Atlético na Libertadores, com 11 gols — atrás apenas de Hulk, com 15.

O Peñarol, que tentava um jogo de imposição física, só incomodou em chute de Leo Fernández que Everson espalmou, aos 32.

Segundo tempo

O domínio alvinegro prevaleceu no início do segundo tempo. Aos quatro, Paulinho recebeu lançamento, mas parou no ‘abafa’ do goleiro De Amores. Pouco depois, Zaracho acertou o travessão em chute da entrada da área.

O Peñarol só se segurou por 11 minutos. Hulk achou Scarpa na entrada da área, e o meia bateu de primeira para fazer o terceiro do Galo. Mas a comemoração durou pouco. Três minutos depois, Leo Fernández cruzou de bicicleta para cabeçada de Maxi Olivera, que diminuiu.

Enquantos os jogadores comemoravam, um corre-corre na torcida visitante. Em meio à confusão, a Polícia Militar usou spray de pimenta e tiros de bala de borracaha até a situação se controlar.

O Peñarol passou a gostar do jogo e fez mais um, aos 23. Guilherme Arana tentou afastar uma bola na área, mas ela bateu em Maxi Silvera, que, sem intenção, marcou o segundo dos uruguaios. A equipe visitante quase empatou em falta cobrada por Gastón Ramírez na trave, aos 27.

A tensão se manteve até o minuto final, sem que o Atlético conseguisse incomodar o goleiro De Amores e com o Peñarol em busca do empate. Os ânimos se esquentaram em campo em alguns momentos, com princípios de confusão apartados antes de um desenlace mais grave.

Atlético x Peñarol

Fonte: O Tempo