Marca Verolí produz na serra da Mantiqueira

Azeite Verolí é produzido na serra da Mantiqueira | Foto: Verolí/Divulgação

Das oliveiras da serra da Mantiqueira para a lista dos melhores do mundo, os azeites da marca mineira Verolí tornaram-se destaques globais. Dois rótulos da empresa, comandada por três mulheres, entraram para o guia Flos Olei, concurso internacional de azeites que reúne os 500 melhores de todos os continentes.

Os azeites vencedores foram o Koroneiki, feito com oliveiras de origem grega e descrito como “moderadamente amargo e picante”, e o Blend, produzido a partir de uma mistura de oliveiras e com amargor e picância robustos, segundo a descrição da marca. No site da empresa, o vidro de 250 ml de cada um custa R$ 75.

Criada por três mulheres da família Mincoff Menegon — Luana, Natasha e Vera —, a marca surgiu em 2016 e chegou ao mercado comercialmente em 2022. Uma das sócias, Luana, explica que o preço é mais elevado do que a média dos azeites encontrados nos supermercados devido ao processo de produção artesanal. O relevo da região da serra da Mantiqueira dificulta a colheita mecanizada e obriga o trato manual, por exemplo.

A produção de azeite extravirgem frescos no Brasil, lembra a produtora, é recente. “A cultura do azeite de oliva extravirgem fresco no Brasil é bastante jovem. A primeira extração de azeite realizada no Brasil foi em 2008, em Minas Gerais, em Maria da Fé, pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Por ser uma cultura muito jovem, obviamente ainda estamos em um período de muito aprendizado sobre as particularidades de adaptar uma espécie de árvore que não é nativa da nossa região, que vem do Mediterrâneo”, diz.

A diferença para os azeites do dia a dia

Luana Mincoff Menegon cita uma frase popular entre os produtores: azeite bom é o que é produzido mais perto da sua casa. Quanto menor o percurso entre as oliveiras e a mesa do consumidor, mais preservadas as características originais do produto são. “O azeite que chega até a gente no supermercado viaja um percurso muito longo para chegar até aqui. Ele ficou guardado em galpões? Quanto tempo demorou para ser transportado? Quais são as condições de onde foi armazenado? São todas coisas que vão acelerando o processo de oxidação e fermentação do azeite e tirando a qualidade dele pouco a pouco. Esses azeites que chegam até a gente no supermercado acabam chegando mais oxidados, fermentados, menos frescos. Quando você abre e cheira ou prova, percebe um azeite mais rançoso, com mais defeitos”, diz a empresária.

Ela não defende a substituição total desses azeites, contudo, e sim usos diferentes para cada produto. “O azeite extravirgem fresco é feito pensando na finalização e na harmonização de pratos. É um azeite que agrega sabor, traz uma textura e uma série de elementos a mais para o seu prato. Não recomendamos pegar uma azeite de alta qualidade e que vai ser um pouco mais caro, porque é mais caro de produzir, e refogar cebola”.

Os azeites da Verolí podem ser encomendados no site e em lojas mineiras, nas cidades de Gonçalves, Maria da Fé, Sapucaí-Mirim e Tiradentes, listadas neste link.

O guia Flos Olei

O guia Flos Olei recebeu azeites de 56 países para análise. Cada um é avaliado com uma pontuação de 80 a 100. Os mineiros receberam 86 pontos e dividem a lista com mais 10 brasileiros. Dois deles, com 97 pontos, estão entre os primeiros colocados mundiais: o azeite da Fazenda do Azeite Sabiá, de São Paulo, e da Prosperato, no Rio Grande do Sul.

Confira a lista dos azeites brasileiros:

Fonte: O Tempo

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