A construção do prédio da biofábrica contou com investimento de R$ 20 milhões e, para início da operação, serão necessários aportes de ao menos mais R$ 57 milhões

O governador Romeu Zema (Novo) participou da solenidade de conclusão da obra da Biofábrica Método Wolbachia, em Belo Horizonte | Crédito: DIÁRIO DO COMÉRCIO / Marco Aurélio Neves

Construída com recursos do acordo de reparação pelos danos causados em Brumadinho, a Biofábrica Método Wolbachia teve suas obras concluídas e foi oficialmente entregue em solenidade na tarde desta segunda-feira (29), em Belo Horizonte.

Além do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), estiveram presentes no evento representantes do Ministério da Saúde e do World Mosquito Program (WMP) Brasil/Fiocruz.

Construída com recursos do acordo de reparação pelos danos causados em Brumadinho, a Biofábrica Método Wolbachia teve suas obras concluídas e foi oficialmente entregue em solenidade na tarde desta segunda-feira (29), em Belo Horizonte.

Além do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), estiveram presentes no evento representantes do Ministério da Saúde e do World Mosquito Program (WMP) Brasil/Fiocruz.

“Esse espaço aqui, e tantos outros que estão sendo inaugurados, tem um custo. E esse custo é pago com dinheiro de sangue, de lágrimas e de dor. Então que ele seja usado com muita responsabilidade e que muitas vidas sejam salvas”, afirmou Andresa Rodrigues, presidente da Associação dos familiares de vítimas e atingidos pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão (Avabrum).

A biofábrica será de propriedade do governo do Estado, sob gestão da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), com operações custeadas pela mineradora por cinco anos. Após o período, a operação será de responsabilidade da Fiocruz.

Próximos passos da biofábrica

A próxima etapa será a obtenção das licenças obrigatórias para funcionamento e a revisão de contratos com a Fiocruz, responsável por conduzir no Brasil a execução de projetos que utilizam o Método Wolbachia, patenteado pelo WMP.

Os Wolbitos produzidos serão soltos, com a anuência da população, em Brumadinho e em outros 21 municípios vinculados à Bacia do Rio Paraopeba. A expectativa da SES-MG é que, posteriormente, ocorra a expansão da produção de mosquitos para todo o território estadual.

Com o passar do tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam o microrganismo aumenta, até que permaneça alta sem a necessidade de novas liberações.

O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Aurélio Krieger, explicou que a tecnologia da biofábrica começou a ser testada no País há dez anos. Durante esse tempo de operação de unidades como a biofábrica de Belo Horizonte, foram protegidos cerca de três milhões de pessoas no Brasil.

Com o apoio do Ministério da Saúde, a estratégia da Fiocruz é partir para uma ampliação nacional. Neste ano e no próximo, a estimativa é que mais de 5,5 milhões de pessoas sejam protegidas em âmbito nacional. “A expectativa que nos próximos dez anos a gente consiga proteger 70 milhões de pessoas que estão nos municípios brasileiros responsáveis por 80% dos casos de dengue nos últimos 20 anos”, declarou.

Fonte: Diário do Comércio