Demanda por contratações e escassez de mão de obra devem refletir em aumento de 8% nas efetivações em 2025
Com 2,6 milhões de vagas geradas, os empregos temporários no último ano ficaram dentro das expectativas do mercado. Para o início de 2025, a expectativa é que 30% do total seja efetivada – índice 8% superior à média registrada no Brasil em anos anteriores.
Os indicadores positivos, segundo o diretor regional da Associação Brasileira de Trabalho Temporário (Asserttem), Glaucus Botinha, refletem o bom momento do mercado de trabalho no País. Após passar por um período aquecido, com aumento nas contratações em diversos segmentos, o setor vivencia a escassez na mão de obra, o que mantém propício a efetivar os atuais funcionários.
“Esses números costumam aumentar com o mercado de trabalho aquecido, já que as empresas não perdem oportunidades de efetivar em um cenário de escassez de talentos”, pontua.
Minas Gerais é apontado pelo dirigente como um dos potenciais mercados para empregos temporários e efetivações, em razão da diversificação econômica regional. O Estado reflete o desempenho dos indicadores nacionais com a presença de setores empregadores importantes, como mineração, agronegócio, siderurgia e automotivo.
Dentre os setores que mais demandaram mão de obra temporária no ano passado, destacam-se indústria e serviços, com 45% e 35% das oportunidades geradas, respectivamente. Em seguida, o setor de comércio corresponde por 15% das vagas e outros serviços por 5%.
A nível nacional, as oportunidades são avaliadas como bem distribuídas, com vagas de Norte a Sul, que variam em razão de datas comemorativas e períodos do ano com maiores demandas, especialmente para contratações no setor de comércio. Já em serviços e indústria, o trabalho temporário surge distribuído ao longo do ano para suprir necessidades pontuais, como licenças, férias ou períodos de alta produção.
O perfil procurado também é abrangente e atende a diferentes públicos, abrangendo desde mão de obra operacional até profissionais especializados, em diferentes níveis de experiência e faixas etárias. “Estamos falando em mais de 2 milhões de vagas geradas no ano passado, um número bem expressivo nacionalmente. O mercado é bem distribuído, mas normalmente no fim do ano as demandas aumentam um pouco com datas que atraem contratações em áreas de logística, comércio e on-line”, acrescenta Botinha.
Para os próximos meses, em razão dos desafios econômicos, como a alta na taxa básica de juros (Selic), o setor não trabalha com perspectivas de aumento e sim manutenção nos números do ano passado. “Passamos por um ciclo de aumento nos juros impactante na economia, o que pode trazer retração de contratações, e por isso esperamos um ano de manutenção nos empregos temporários”, finaliza o dirigente da Asserttem.
Fonte: Diário do Comércio
