O recuo no valor da gasolina foi a principal contribuição para a desaceleração da inflação no período
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em Belo Horizonte perdeu força na primeira semana de novembro e apresentou variação positiva de 0,60%. Entre os fatores que explica a desaceleração está a redução de 0,32% nos preços da gasolina, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead).
Na última semana de outubro, o IPCA apresentou alta de 0,70%. Com o resultado, o índice registra alta acumulada de 7,57% neste ano e de 7,9% nos últimos 12 meses.
Entre os grupos, os preços de Alimentação avançaram 1,68% na primeira semana de novembro. Esse resultado ocorreu tanto pelo movimento da Alimentação na residência (2,22%) quanto da Alimentação fora da residência (1,03%).
No subgrupo Alimentação na residência, todos os itens apresentaram alta no período. O item Alimentos em elaboração primária avançou 4,32%. Alimentos industrializados apresentou aumento de 1,08% e os Alimentos in natura, 1,99%, sendo sua quarta alta consecutiva.
O grupo Produtos não alimentares apresentou variação positiva de 0,37%. Esse resultado ocorreu devido às altas de preços médios de todos os seus subgrupos: Habitação (0,48%), Pessoais (0,37%) e Produtos administrados (0,30%).
Alimentação fora de casa teve maior contribuição no aumento da inflação
A principal contribuição para a variação positiva do IPCA na primeira semana deste mês foram os preços da alimentação fora de casa. O custo apresentou aumento de 1,1% no período. Em seguida está a tarifa de energia residencial, com incremento de 1,4%. Outro item que se destacou neste mês é o aluguel residencial, que subiu 1,67%.
Por outro lado, o valor da gasolina em Belo Horizonte apresentou recuo de 0,32% e foi a principal contribuição para a desaceleração da inflação no período, de acordo com a pesquisa da Ipead.
Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de Belo Horizonte em novembro
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de Belo Horizonte, que considera os gastos das famílias com renda de até cinco salários mínimos experimentou alta de 0,93% na primeira quadrissemana de novembro, desacelerando em comparação à prévia anterior em que houve alta de 1,21%.
No ano de 2024, o IPCR acumula crescimento de 7,76% e, nos últimos doze meses, crescimento de 8,07%. No mesmo período do ano anterior, o aumento do IPCR também foi menor (0,43%).
No caso do IPCR, o custo do aluguel residencial e as tarifas de ônibus intermunicipais (13,24%) foram os itens que mais pesaram no bolso do consumidor, segundo a fundação.
Fonte: Diário do Comércio