Faturamento do varejo da capital deve chegar a R$ 2,08 bilhões na data comemorativa

Cerca de 90% dos lojistas ouvidos pela CDL devem usar o Instagram para divulgar produtos com promoções (Freepik/Divulgação)

Nove a cada dez comerciantes de Belo Horizonte apostam no Instagram para turbinar a divulgação de produtos com descontos na Black Friday, marcada para 29 de novembro. A constatação de que o uso das redes sociais será intenso está em pesquisa divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH). A projeção é que as vendas em torno da data movimentem o varejo da capital, gerando faturamento de R$ 2,08 bilhões – em 2023 foram R$ 2,07 bilhões.

Além do Instagram, os empresários prometem usar o WhatsApp (86,2%) e o Facebook (43,1%) nas propagandas. Estratégias tradicionais também serão utilizadas, como decoração da vitrine (15,5%), site próprio (11,2%), panfletagem (6,9%) e até boca a boca (2,6%). Além disso, os vendedores estão otimistas. Conforme o levantamento, 91,7% estão com estoques reforçados ou, ao menos, semelhante ao do último ano.

Segundo a CDL, o faturamento de R$ 2,08 bilhões leva em conta o tíquete médio de R$ 363,70. A expectativa é que os consumidores adquiram até dois itens. Ou seja, o valor pode chegar a R$ 667,40.  Dentre os produtos mais procurados destaque para roupas (54,3%), calçados (13,8%), móveis (12,1%), itens de decoração (6,9%) e brinquedos (6%).

“A Black Friday está cada vez mais consolidada no calendário do varejo brasileiro. Como o comportamento de compra para esta data é diferente das demais datas comemorativas, os lojistas se preparam de forma distinta. Eles focam em oferecer preços atrativos, com bons descontos e facilidade de pagamento”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Os lojistas ouvidos pela CDL/BH acreditam que a maior parte dos consumidores (65,5%) vai optar pelo pagamento parcelado no cartão de crédito, em até cinco vezes.

Mas tem comerciante que não quer saber de Black Friday

Conforme a pesquisa, parte dos lojistas ainda não se envolveu com a Black Friday. Os dados inidicam que 16,6% dos entrevistados não vão participar da ação este ano.

Os motivos apresentados são: não traz resultados (32,5%), prefere manter preços justos durante todo o ano (20,5%), baixa margem de lucro (15,7%), prefere criar ofertas em outras datas (13,3%), falta de demanda (10,8%), alta concorrência (10,8%), decisão da matriz (8,4%), falta de estrutura (3,6%).

“A Black Friday é realizada junto ao pagamento do 13° salário e, para a maioria dos consumidores, é a oportunidade de adquirir um bem de maior valor agregado. Contudo, alguns lojistas enfrentam dificuldades com a data ou, ainda, não enxergam possibilidades de ganhos. O ideal é que cada comerciante entenda sua realidade”, acrescenta Marcelo Silva.

Fonte: Hoje em Dia

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