A bancada do PL elegeu seis vereadores, com a maior bancada da Casa, e foi a legenda responsável pela candidatura de Bruno Engler

Fuad Noman (PSD) foi reeleito em Belo Horizonte | Foto: Flávio Tavares | O TEMPO

O PL deve assumir o núcleo da oposição ao prefeito Fuad Noman (PSD) na Câmara Municipal de Belo Horizonte.  Sem a liderança do vereador Gabriel Azevedo (MDB), que comandou a resistência aos projetos do governo nos últimos dois anos, a tendência é que a maioria dos remanescentes do grupo criado por ele migre para a base do governo.

A bancada do PL elegeu seis vereadores para a próxima legislatura, com a maior bancada da Casa, e foi a legenda responsável pela candidatura de Bruno Engler, que disputou o segundo turno contra Fuad. A definição de que o partido ficaria na oposição, no entanto,  veio ainda antes do término da eleição. Na avaliação de interlocutores da sigla, era  essencial que o partido já marcasse  posição contrária ao atual governo.

Vereadores da base do prefeito   minimizam a promessa de oposição e avaliam que a eleição para Mesa Diretora da Câmara, prevista para o início do ano que vem,  ainda pode pesar para diminuir o peso do PL contra o governo. Porem, os membros da legenda já receberam a recomendação de se  colocar em oposição à Fuad.

Em análise

O Novo, legenda que também foi oposição na atual gestão de Fuad  e votou junto com Gabriel Azevedo em diversos projetos, agora pode aliviar a pressão e assumir postura de “independência”. Contudo, o martelo ainda não teria sido batido sobre a questão. Com três vereadores, o partido deve dar “um tempo” para o prefeito  mostrar alguma  mudança na relação com os vereadores.

A avaliação é que se houver sinalização positiva do governo aos  projetos do partido, a bancada poderia amenizar a oposição. Mas, via de regra, a impressão é que existem ainda muitas feridas para serem fechadas até que a relação entre os parlamentares e a PBH fique neutra.

Nesta reta final de governo, por exemplo, coube ao vereador Braulio Lara (Novo), líder da bancada do Novo, assumir o papel de porta-voz da oposição à Reforma Administrativa encaminhada pela prefeitura à Câmara. O parlamentar foi  também quem trouxe à tona o fato de que a prefeitura tinha conhecimento, desde 2019, de problemas na barragem do Parque Lagoa do Nado, que estourou com as chuvas na última semana.

Fonte: O Tempo

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