Bruno Barral, secretário da Educação de Belo Horizonte há pouco menos de um ano, é natural da Bahia e tem sido alvo de críticas por parte dos parlamentares
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A vereadora Flávia Borja (DC), vice-presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Belo Horizonte, criticou a atuação do secretário municipal de Educação, Bruno Barral, e a gestão da pasta. Durante entrevista ao programa Café com Política, do canal O TEMPO no YouTube, ela afirmou que o secretário não tem mantido diálogo com os vereadores e não participou de audiências públicas.
“Está devendo muita coisa. Ele é um secretário com quem não temos muito contato. Na Comissão de Educação, nunca tive o prazer de tê-lo em uma audiência pública ou visita, o que tínhamos com outros secretários”, disse a parlamentar.
Flávia Borja também mencionou atrasos na entrega de materiais escolares para os alunos da rede municipal. “É um absurdo que nossos alunos da educação pública não tenham recebido o material para começar o ano letivo. Isso é mais um reflexo de uma gestão desorganizada. Como é possível que um planejamento não tenha sido feito em 2024 para que agora, faltando uma semana para o início das aulas, as escolas sejam avisadas de que não vão receber os kits escolares com materiais básicos?”, questionou.
Segundo a vereadora, a Secretaria de Educação enviou um e-mail às escolas informando quais itens deveriam ser adquiridos, mas sem indicar fornecedores. “Isso gerou muita instabilidade”, afirmou. Ela também apontou que, enquanto materiais básicos não foram entregues, a prefeitura empenhou um contrato de R$ 40 milhões para a compra de material paradidático sobre sustentabilidade e meio ambiente. “O básico, como lápis, borracha, caneta, papel e uniforme, as escolas não têm”, disse.
A vereadora mencionou ainda a falta de diálogo entre o secretário e a Câmara Municipal. “O fato de ele não ser de Belo Horizonte poderia ter sido resolvido já, mas nunca houve um convite dele para audiências públicas, que são fundamentais. Ele sequer comparece. Não houve uma construção bacana com a Câmara. Nossos pedidos de informação não são respondidos, tudo é muito moroso”, afirmou.
Sobre a gestão da prefeitura, atualmente comandada pelo prefeito interino Álvaro Damião (União), Flávia Borja declarou que aguarda uma reunião para representar a Frente Parlamentar Cristã da Câmara. “Já fiz uma solicitação para ser recebida. Estou aguardando esse momento, até para minimizarmos algumas questões que vêm a seguir”, afirmou.
Ela também comentou a relação entre o Legislativo e o Executivo municipal. “Não há problema por parte da Mesa Diretora com a prefeitura. A eleição para a Mesa já é uma página virada. A gente precisa da prefeitura, e eles precisam da gente. Precisamos sentar e dialogar. Não existe resistência. Ainda não recebemos nenhum projeto importante vindo da prefeitura, mas eles vão chegar, e precisamos dialogar.”
A prefeitura de Belo Horizonte ainda não se manifestou sobre as declarações da vereadora.
Fonte: O Tempo